quarta-feira, 9 de julho de 2008

"ARDENTIA"

“ARDENTIA”

Noctiluca miliaris = Noctiluca scintillans.

Noctiluciphyceae
Classificação científica

Reino: Protista
Filo: Myzozoa
Subfilo: Dinozoa
Infrafilo: Dinoflagellata
Classe: Noctiluciphyceae
Ordem: Noctilucales (Haeckel 1894)

Característica: Bioluminescência

Bioluminescência [(do grego "bios" (vida) e do latim "lumen" (luz)] é a produção e emissão de luz fria por um organismo vivo, como resultado de uma reacção química durante a qual a energia química é transformada em energia luminosa.
Essa reacção ocorre quando o substrato, genericamente denominado luciferina, é oxidada por uma enzima, chamada de luciferase. A molécula de luciferina, quando excitada energéticamente, liberta esse energia química sob a forma de energia luminosa.


Espécie: Noctiluca.

Tamanho: 0.5 to 1.0 mm, up to 3.0 mm.

Reprodução: Assexuada, formam células filhas.

Dieta: Alimentam-se de fitoplâncton e zooplâncton.

Hábitos, estruturas físicas e sociais: A Noctiluca é um dinoflagelado marinho, [(Dinoflagellata - do grego "dinos" – rodopiante) - (flagelos, apêndices locomotores, tipo “pêlos”, que batem no líquido circundante com um movimento geralmente helicoidal.)], um minúsculo microorganismo de forma esférica (medido em micrómetros ou milímetros), coberto de pele espessa, com uma bolsa oral, um flagelo, um dente, e um tentáculo.
Alimenta-se de microorganismos, que fazem parte do fitoplâncton e do zooplâncton, como as algas diatomáceas e ingere a comida pela utilização de um orifício bucal,. As Noctilucas estão imóveis, devido ao flagelo por si só ser incapaz de impulsionar seu corpo através da água: o movimento só é encontrado em rotação da posição vertical por meio de controle de flutuabilidade na célula.


Características Físicas: As Noctilucas : São dinoflagelados unicelulares que podem atingir o tamanho de 1mm. A noctiluca não faz fotossíntese. Actualmente são considerados simplesmente "protistas", (grupo diferenciado das plantas e dos animais).. A característica mais marcante da noctiluca é a sua capacidade de produzir luminescência. A noctiluca produz pequenos flashes de luz através do estímulo produzido pela circulação da água, o que explica porque a noctiluca brilha apenas quando a água é agitada. Uma noctiluca pode não produzir uma luz suficiente para ser percebida pelo aparelho óptico humano no entanto como vivem em grupos de compactas massas, que é responsável pelas cores rosa ou vermelho - mesmo verde ou azul - vistas no mar, especialmente em zona de rebentação. Embora não seja o único dinoflagelado bioluminescente (aproximadamente 2% dos dinoflagelados o são), a noctiluca é, de longe, a mais conhecida. A luminosidade é provocada por uma reacção química. A enzima luciferase catalisa a reacção entre o oxigénio e uma substância chamada luciferina, libertando energia luminosa. Em condições idóneas podem reproduzir-se de forma explosiva, passando de umas poucas células de noctiluca por litro de água de mar a milhões e milhões em cada litro de água de mar. É o que se chama de "Bloom".


Histórias da “Ardentia”

Normalmente o gatilho para a emissão de luz é um estímulo mecânico, como o contacto ou a agitação da água ao seu redor. Para entender por que a noctiluca brilha, podemos compará-la a um carro com alarme. As Noctilucas são predadas por animais que se alimentam de fitoplâncton, como por exemplo, os copépodos (crustáceos de tamanho muito pequeno que fazem parte do zooplâncton). Quando um copépodo (o ladrão) avança sobre uma noctiluca (o carro), a luz ascende (o alarme dispara), o que atrai a atenção de pequenos peixes (os policiais) que se alimentam dos copépodos que estão mais visíveis no ambiente iluminado. Dessa forma, as noctilucas são capazes de diminuir o efeito de predação existente sobre elas.
A noctiluca é um microorganismo muito apreciado e como tal comido pelos camarões. O seu espectáculo de luz não passa despercebido ao predador dos camarões: os chocos.
O mecanismo de defesa do noctiluca começa então a fazer sentido, o choco não consegue encontrar o camarão na escuridão total, o camarão está a salvo se se mantiver imóvel, mesmo com as pupilas dilatadas o choco não consegue ver nada, mas, se o camarão se mexer, o noctiluca brilha e ilumina-o fazendo com que o choco já o veja.
A noctiluca denúncia a presença do camarão, atraindo o choco com os seus raios florescentes, protegendo-se assim do camarão.
O choco, ao caçar o camarão, é aliado do noctiluca. É o jogo do rato e do gato, e o camarão não tem qualquer hipótese: se permanecer imóvel não pode comer a noctiluca e, se se mexer, um rasto brilhante atrai o choco. Para o camarão, caçar a noctiluca constitui um desafio arriscado; o choco ganha uma refeição, mas o verdadeiro vencedor é a noctiluca. Cada camarão eliminado torna a vida mais segura para o minúsculo organismo. O alarme contra ladrões da noctiluca salva-lhe a vida.


Paulo karva

3 comentários:

Mª Mercedes Whitaker Kehl Vieira Bicudo Guarnieri disse...

Já presenciei o fenômeno e é uma das coisas mais lindas que vi em minha vida!!

Paulo karva disse...

Olá.
Obrigado pelo seu comentário. É de facto um espectáculo digno de ser visto e até é relativamemste frequente nas nossas águas!

Tais Azevedo **) disse...

obrigada isso ajuda o meu trbalho escolar..